O casamento é a expressão plena e parte real do desenho da imagem de Deus em nós, seres humanos.
Em Gênesis lemos:
“E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só: far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele.” (Gn 2:18) Mais adiante: “Então o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu: e tomou uma das suas costelas, e cerrou a carne em seu lugar; E da costela que o Senhor Deus tomou do homem, formou uma mulher: e trouxe-a a Adão.” (Gn 2:21-22)
Por que Deus fez isso dessa forma? Por que criar o homem e em seguida, tomar uma parte dele e criar um segundo ser, que é "osso dos seus ossos e carne da sua carne," sexualmente, emocionalmente e intrinsecamente diferente do primeiro ser, mas criado da própria substância deste primeiro ser? Ao vê-la, Adão poderia ter observado, "Sou eu... Mas não eu." Bem, se você pensar sobre isso, você verá que é o tipo de coisa que se pode esperar de uma Trindade.
A Trindade (Pai, Filho, Espírito Santo) é uma família, e assim o homem que é a imagem de Deus deve constituir uma família também. Portanto, um homem não pode perceber completamente a essência de sua própria existência, enquanto não aprender a existir com alguém e para alguém. Tanto a relação quanto a comunhão são cruciais para este processo.
E assim vemos em Gênesis 1 e 2 que Deus criou a mulher do lado do homem para que o homem não ficasse sozinho.
Voltando ao relato de Gênesis, podemos constatar que Eva, recém-criada de Adão, de sua própria carne e osso, é chamada “mulher” por Adão, e, por esta união, deixará o varão o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.
Originalmente uma parte constitutiva do homem, a mulher retorna ao homem em casamento, iniciando-se, aí, uma nova família.
Aqui temos outro paralelo entre o Antigo Testamento e o Novo Testamento. Eva foi se reunir com sua fonte e se tornar um com ele, assim como estamos com Cristo, como Ele orou em João 17. Na verdade, a união conjugal é um convênio, em todas as suas dimensões, e destina-se a revelar gloriosamente a própria imagem de Deus.
Mas há mais neste mistério do que pode ser visto na superfície. A união de um homem e uma mulher em Santo Matrimônio pode ser vista como a permanente recombinação de dois corpos em um só. Enquanto os animais foram criados “macho e fêmea” o ser humano é um parte do outro. Isto é um mistério que atinge profundidades de significado para além de nossa capacidade intelectual presente.
É claro que a mulher como uma parte do homem, sendo parte de sua carne e osso, tem um significado muito mais amplo e profundo ao compararmos nossa criação com a criação dos animais em geral. Ela é o complemento necessário para ele que, juntos, revelam a glória da imagem de Deus na humanidade. Suas partes tem, cada uma, sua própria ordem e função. Juntos e ordenados, com suas diferenças unidas, inflamam o poder e a glória da criação em si, consumada por Deus desde o início.
Então, Deus faz uma criação de dois estágios do homem. Primeiro ele faz um ser completo (Adão, que no hebraico significa a humanidade). Em seguida, na fase dois, Deus remove uma parte deste primeiro ser e cria Eva, um ser separado, embora da própria substância de Adão; este novo ser é projetado para, finalmente, reunir-se a sua fonte através do mistério do Santo Matrimônio.
E a centelha, o poder dessa união está aí para revelar gloriosamente a própria imagem de Deus a toda a companhia do céu e da terra. É por isso que Satanás luta com unhas e dentes para perverter e distorcer justamente o santo matrimônio, a família, a paternidade e, em particular, a sexualidade humana.
Na verdade, a quantidade de tempo e esforço que despende Satanás para destruir a imagem de Deus refletida no casamento, paternidade e sexualidade humana é um barômetro de quão incrivelmente importante é o plano de Deus e a expressão da Sua glória.
Amados, há uma razão profunda e impressionante para a maneira com que Deus ordenou a criação do homem – o que é comentado por toda a Escritura – e que devemos observar se quisermos encontrar o cumprimento do nosso próprio ser, como seres humanos.
É-nos ordenado como devemos realizar a união de um homem e uma mulher no casamento heterossexual e monogâmico – uma ordem que Jesus reafirmou de forma inequívoca como podemos ver no livro de Mateus.
FONTE: REDE DO SENHOR